A primeira em Minas Gerais, na Fazenda do Rosário, local onde Helena Antipoff viveu até a sua morte; a segunda na então Capital Federal, no Rio de Janeiro, denominada Pestalozzi do Brasil e, logo em seguida, a Sociedade Pestalozzi do Estado do Rio de Janeiro, hoje, Associação Pestalozzi de Niterói. A partir de 1970, com a criação da Federação Nacional das Pestalozzi, movimento foi liderado pela Pestalozzi de Niterói, o pestalozzianismo viu-se ampliado para mais de uma centena de instituições coirmãs, independentes estatutariamente, mas ligadas filosoficamente aos princípios filosóficos e educacionais de Heinrich Pestalozzi.

A atuação da Associação Pestalozzi de Niterói e o seu crescimento, de uma simples Escola para crianças com deficiência, tornou-se um grande centro de atendimento à pessoa com deficiências, além de oferecer atendimento educativo e de reabilitação a toda comunidade. Desde o ano de 1961 teve à frente da Instituição a Dra. Lizair de Moraes Guarino, somente interrompendo sua administração no ano de 2014, no avançar da idade, entregando a direção da Instituição ao então vice-presidente e atual presidente eleito, Professor José Raymundo Martins Romêo. Desde então, a Dra. Lizair de Moraes Guarino, exerce o cargo de Presidente Emérita da Associação Pestalozzi de Niterói.

Considerando a filosofia de Pestalozzi, a Associação Pestalozzi de Niterói, além de cumprir suas finalidades básicas de promover a ampliação de políticas públicas quanto ao atendimento à pessoa deficiente, também oferece serviços de educação, saúde e reabilitação à comunidade, no fortalecimento dos princípios da cidadania.

Dentre suas significativas realizações destacou-se a criação, na década de 80, da Escola Superior de Ensino Helena Antipoff (Eseha), que se destacou como uma das principais instituições acadêmicas no campo da reabilitação, notabilizando-se não só no Brasil como também fora do território nacional. Seu modelo educativo inspirou outras organizações e propiciou uma sólida formação aqueles que ingressaram em seus Cursos, quer a nível de graduação, quer na pós-graduação.

Diversas foram as homenagens recebidas pela Pestalozzi de Niterói, não só pela qualidade de sua atuação mas também pelo valor filosófico-ético-profissional de muitos de seus funcionários, o que lhe conferiu a outorga de prêmios, como o Prêmio Direitos Humanos, outorgado pela Presidência da República, como também reconhecimentos da UNESCO, da Rehabilitation International, da Asociacion Internacional del Nino, quanto à contribuição técnico-científica de alguns de seus colaboradores.

A Associação Pestalozzi de Niteroi desfrutou, portanto, da privilegiada posição de organização civil que influenciou decisivamente na definição das políticas de reabilitação e apoio às pessoas com deficiências no Brasil, tornando-se, na atualidade, fonte histórica do processo de construção da organização e normatizações da atenção social e educacional das pessoas com deficiência.