Sementes e mudas cultivadas com afeto na Pestalozzi de Niterói

Jardinagem terapêutica: um retorno às raízes da terra legadas pela “escola-granja” de Pendotiba

Foto: Stefano Figalo/ APN

Para o terapeuta Carlos Roberto a jardinagem estimula habilidades socioemocionais

Oficina de Jardinagem une inclusão, sustentabilidade e tradição agrícola

A Oficina de Jardinagem, promovida pela Pestalozzi de Niterói por meio do Centro para Integração e Independência (CII), representa mais do que uma atividade complementar para seus alunos: ela resgata o espírito original da instituição, que nasceu há 77 anos com forte vínculo à terra e à agricultura. Nos primeiros anos de existência, a Pestalozzi era conhecida como “escola-granja”, e a prática agrícola fazia parte essencial do cotidiano pedagógico — uma herança que agora floresce novamente entre sementes e mudas cultivadas com afeto.


Inspirada na visão de Helena Antipoff, que valorizava profundamente o trabalho com a terra como instrumento educativo e terapêutico, a oficina atual conecta passado e presente. Nos anos 50, a instituição já contava com um técnico rural e, na década seguinte, chegou a cultivar centenas de árvores frutíferas e manter um aviário com 500 galinhas, como registra o livro “50 anos de Vida – Uma história de Amor”, escrito pelo jornalista Gilberto Fontes. Hoje, essa tradição é renovada com práticas sustentáveis e educativas que envolvem jovens em experiências transformadoras.

Mais do que plantar e cuidar de jardins, os participantes desenvolvem habilidades socioemocionais fundamentais para a autonomia e a vida em comunidade. Paciência, responsabilidade, organização, cooperação e afeto são valores que brotam junto com cada muda. Os recipientes reciclados — como caixas Tetra Pak — ganham nova vida como vasos, preparados pelos próprios jovens e distribuídos aos usuários e visitantes da instituição, ampliando o impacto da ação e incentivando o cuidado com o meio ambiente.

As jardineiras espalhadas pelos ambientes da Pestalozzi também recebem atenção especial dos participantes, que contribuem para tornar os espaços mais acolhedores e vivos. Para o terapeuta Carlos Roberto Pereira da Silva, responsável pela oficina, a jardinagem é uma metáfora do crescimento pessoal:

“Quando eles cuidam da terra, regam as plantas e acompanham o crescimento de cada flor, também vão percebendo as próprias conquistas. A jardinagem ajuda a organizar a rotina, estimula a concentração e fortalece a autoestima. Cada canteiro que nasce aqui é também um pedaço da história e do desenvolvimento de cada um deles.”

A presidente da Pestalozzi, Jussara da Silva Freitas, reforça o papel da oficina como ferramenta terapêutica e de inclusão:

“A oficina se mostra uma ferramenta poderosa de transformação, promovendo vínculos, estimulando a autonomia e despertando o senso de pertencimento de cada um dos nossos usuários participantes.”

Assim, a Oficina de Jardinagem reafirma o compromisso da Pestalozzi de Niterói com suas raízes — literalmente — e com a missão de cultivar vidas com dignidade, respeito e esperança.

Autodefensores participam do mês da Consciência Negra

Foto: Divulgação

Para as autodefensoras, a experiência foi um exercício de empoderamento

Durante o mês da Consciência Negra, a Associação Pestalozzi de Niterói mergulhou em uma série de atividades educativas que colocaram os autodefensores da instituição no centro do debate sobre o combate ao racismo e a valorização da identidade negra. A programação foi pensada para estimular reflexões profundas e promover vivências transformadoras, conectando história, cultura e protagonismo.

Entre os destaques, os autodefensores criaram camisas personalizadas com mensagens e ilustrações antirracistas. As peças, estampadas com frases de impacto e silhuetas africanas, reforçam o respeito à diversidade, a igualdade racial e a representatividade.

Outro momento marcante foi o workshop realizado no Centro para Integração e Independência (CII), conduzido pela assistente social Ludmilla Barbosa em parceria com profissionais da ONG SESO em Movimento. As meninas participaram de uma vivência sobre a tradição das tranças africanas, confeccionadas pelas assistentes sociais da ONG. Mais do que estética, a prática resgatou o papel das tranças como símbolo de autoestima, identidade e resistência das mulheres negras — no Brasil e em diversas partes do mundo.

Ludmilla destacou o valor histórico e educativo da ação:

O Dia da Consciência Negra é um momento para reconhecer a história, a cultura, as lutas e as contribuições do povo negro. Aqui no CII, fizemos um convite à reflexão sobre o racismo estrutural e sobre a beleza e a resistência que marcam a identidade negra ao longo dos séculos. Durante a escravidão, mulheres negras usavam as tranças para preservar sua identidade cultural e até para marcar rotas de fuga. Trançar o cabelo era um ato de sobrevivência e estratégia. Proporcionar esse momento de autocuidado para nossas jovens foi um gesto simbólico e profundamente significativo. Ser negro é potência, criatividade, ancestralidade e orgulho.”

Para as autodefensoras, a experiência foi um verdadeiro exercício de empoderamento e afirmação da identidade negra, ampliando o debate sobre os padrões estéticos eurocêntricos que historicamente marginalizaram cabelos crespos e cacheados.

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Oficina de Órtese e Prótese amplia acesso e beneficia 66 municípios do RJ

Foto: Stefano Figalo/ APN

A unidade oferece dispositivos essenciais para a mobilidade e qualidade de vida

A Oficina de Órtese e Prótese da Pestalozzi de Niterói vem se consolidando como um dos mais importantes serviços de tecnologia assistiva do Estado do Rio de Janeiro. Credenciada pelo Ministério da Saúde como parte da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, por meio do Centro Especializado em Reabilitação (CER), a unidade atende pelo SUS usuários de 66 municípios, reforçando seu papel como referência na promoção da autonomia, mobilidade e qualidade de vida.


O serviço oferece uma ampla variedade de dispositivos essenciais ao processo de reabilitação, como palmilhas sob medida, próteses de membros superiores e inferiores, cadeiras de rodas, muletas, andadores, cadeiras de banho, sapatos ortopédicos personalizados, entre outros equipamentos adaptados às necessidades específicas de cada paciente.

Além dos atendimentos via SUS, a oficina também disponibiliza ao público em geral, com preços acessíveis, produtos como palmilhas personalizadas, calçados ortopédicos e serviços de adaptação e manutenção de órteses e próteses. Essa iniciativa amplia o alcance social da Pestalozzi e permite que mais pessoas tenham acesso a soluções ortopédicas de qualidade.

Para a presidente da Associação Pestalozzi de Niterói, Jussara da Silva Freitas, o serviço representa um compromisso permanente com a inclusão:

“A Oficina de Órtese e Prótese é um orgulho para nossa instituição. Aqui, oferecemos acolhimento, tecnologia e cuidado humanizado. Cada equipamento entregue é uma oportunidade de transformar a vida de alguém. Trabalhamos para garantir dignidade e inclusão a todos os usuários que chegam até nós.”
A coordenadora técnica da unidade, Ana Paula Ferreira, destaca o rigor e a especialização das equipes:
“Nosso trabalho é totalmente individualizado. Avaliamos cada caso, planejamos e confeccionamos os dispositivos de acordo com as necessidades específicas de cada pessoa. Isso exige precisão, sensibilidade e atualização constante. A missão da nossa equipe é proporcionar autonomia e funcionalidade com segurança e qualidade.”

Vem fazer parte da Pestalozzi de Niterói

Foto: Stefano Figalo/ APN

A Pestalozzi de Niterói está recebendo currículos de profissionais para preencher vagas

A Associação Pestalozzi de Niterói está com vagas abertas e formando cadastro de reserva para profissionais das áreas de Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Psicologia e Fisioterapia. E tem mais: esse chamado acontece em um momento muito especial — estamos prestes a completar 77 anos de história, no dia 3 de dezembro, com ainda mais vontade de crescer, inovar e cuidar de quem mais precisa.

Se você acredita em um trabalho com propósito, acolhimento e impacto social, essa é a sua chance de integrar uma equipe multidisciplinar que é referência em reabilitação e inclusão no Estado do Rio de Janeiro.

Os profissionais interessados devem enviar currículo para recrutamento.nit@pestalozzi.org.br. Após a análise dos documentos, os candidatos poderão ser convocados para entrevistas pelo setor de Recursos Humanos da instituição ou integrados ao cadastro de reserva, conforme a demanda dos setores.

Foto: Stefano Figalo/ APN

Na Pestalozzi, profissionais prestam atendimento humanizado, ético e acolhedor

Clínica Pestalozzi abre agenda para novos atendimentos com preços populares

A Clínica de Saúde Integral da Pestalozzi de Niterói está com marcações abertas para novos clientes. Com uma ampla variedade de atendimentos terapêuticos a preços acessíveis e também por meio de convênios com planos de saúde, a unidade reforça seu compromisso com a promoção da saúde, do bem-estar e da qualidade de vida. As consultas podem ser agendadas pelo WhatsApp: (21) 98294-1200.


A clínica oferece serviços nas áreas de acupuntura, fisioterapia, psicologia, fonoaudiologia e RPG (Reeducação Postural Global), todos realizados por profissionais qualificados, com atendimento humanizado, ético e acolhedor.

Além dos atendimentos particulares, a Clínica de Saúde Integral mantém convênios com diversos planos de saúde, ampliando o acesso dos usuários às especialidades oferecidas, sempre de acordo com as normas e coberturas de cada operadora.

Tabela de Serviços e Valores

ACUPUNTURA
Consulta Avulsa: R$ 45,00 
Pacote com 5 Sessões: R$ 170,00

FISIOTERAPIA
Consulta Avulsa: R$ 45,00 
Pacote com 5 Sessões: R$ 170,00

PSICOLOGIA
Consulta Avulsa: R$ 50,00 
Pacote com 5 Sessões: R$ 205,00

FONOAUDIOLOGIA
Consulta Avulsa: R$ 45,00 
Pacote com 5 Sessões: R$ 170,00

RPG (Reeducação Postural Global)
Consulta Avulsa: R$ 75,00 
Pacote com 5 Sessões: R$ 350,00

Governo recua e anuncia revisão do decreto da educação especial

Foto: Geraldo Magela/ Agência Senado

Ministro Camilo Santana, ao lado do senador Flávio Arns, diz que decreto será revisto

Após forte mobilização de entidades da sociedade civil e articulação parlamentar, o governo federal decidiu revisar e republicar o Decreto nº 12.686/2025, que institui a Política Nacional de Educação Especial Inclusiva. A medida representa um recuo estratégico diante das críticas ao texto original, acusado de fragilizar o papel das instituições especializadas e comprometer o direito das famílias à escolha da modalidade de ensino.


O anúncio foi feito após reunião realizada em 6 de novembro de 2025 entre o ministro da Educação, Camilo Santana, e representantes das Federações Nacionais da Pestalozzi e das APAEs, e do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade). As entidades alertaram para os riscos de desestruturação da rede de atendimento especializado e defenderam ajustes que garantam segurança jurídica e pluralidade educacional.

Parlamentares como o senador Flávio Arns (PSB-PR) também pressionaram o Executivo. Arns havia apresentado o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 845/2025 para sustar os efeitos da norma, mas comunicou no Plenário do Senado que o governo aceitou modificar o decreto após amplo debate com as entidades. Em seu pronunciamento, criticou duramente o conteúdo original: “Falta sensibilidade, falta diálogo, falta entendimento. É por isso que a sociedade brasileira está em pé de guerra com o decreto do governo.”

A Fenapestalozzi, uma das principais vozes da educação especial no país, se posicionou de forma contundente contra o decreto. Em nota oficial, classificou o texto como um “ataque contra diversos dispositivos legais” e alertou que ele estabelece, “sem nenhum debate”, a escola comum como única alternativa possível para pessoas com deficiência. A federação declarou apoio integral aos PDLs que visam sustar os efeitos do decreto e reafirmou a importância das escolas especializadas como parte legítima da rede regular de ensino.

Em nota publicada em 21 de outubro de 2025, a Federação Nacional das Associações Pestalozzi (Fenapestalozzi) expressou profunda preocupação com o conteúdo do decreto, destacando os seguintes pontos:

• Crítica à exclusividade da escola comum: A entidade afirma que o decreto estabelece, “sem nenhum debate”, que a única alternativa possível para a educação de pessoas com deficiência é a escola regular, o que desconsidera a importância das instituições especializadas.

• Defesa da pluralidade educacional: A Fenapestalozzi reforça que a inclusão deve ser buscada “preferencialmente” na rede regular, conforme previsto no artigo 208 da Constituição, mas que a oferta diferenciada é essencial para atender às necessidades específicas dos alunos.

• Apoio à sustação do decreto: A entidade declarou apoio integral aos Projetos de Decreto Legislativo (PDLs) nº 845/2025 (Senado) e nº 846/2025 (Câmara), que visam sustar os efeitos do decreto.

• Valorização das escolas especializadas: A nota destaca que centenas de escolas Pestalozzi atuam em conformidade com as normas educacionais e são autorizadas pelos conselhos estaduais de educação, sendo parte ativa da rede regular.

A expectativa é que o novo texto mantenha os avanços da política de inclusão, como a vedação à exigência de laudos médicos para acesso ao Atendimento Educacional Especializado (AEE) e o reconhecimento do Transtorno do Espectro Autista (TEA) como deficiência, ao mesmo tempo em que assegure a coexistência de diferentes modelos educacionais, respeitando a diversidade e a complexidade das necessidades dos estudantes.

(21) 98294-1200
Atendimento para usuários da Pestalozzi de Niterói.
Atendimento é das 8h às 17h.

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