INFORMATIVO MENSAL • OUTUBRO

Governo Federal edita portaria ampliando custeio das Oficinas e Centros Especializados

PORTARIA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PREVÊ O AUMENTO DO CUSTEIO PARA INSTITUIÇÕES COMO A PESTALOZZI DE NITERÓI, QUE ATUAM COMO CENTRO ESPECIALIZADO EM REABILITAÇÃO.
REABILITAÇÃO

Repasse de recursos deve ser feito pelo município

Prevendo um reforço nos valores de custeio das oficinas de órteses e próteses vinculadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), assim como um reajuste na tabela de procedimentos de média e alta complexidade, o Governo Federal publicou no dia 19/10 a Portaria GM/MS n° 1.602. Como esses recursos federais são repassados pela União através dos municípios, a expectativa agora é a de que as prefeituras liberem o dinheiro com brevidade.


“São recursos federais que devem ser encaminhados para os fundos municipais de saúde. No nosso caso, a luta agora é para que a Prefeitura de Niterói libere o quanto antes essa verba para que possamos continuar a honrar nossos compromissos. Essa é uma demanda que as instituições travam em Brasília, já que a tabela de procedimentos do SUS não sofre reajuste há anos. O Governo Federal resolveu ampliar o valor do custeio, dando um alívio ao combalido caixa das instituições”, diz Jussara da Silva Freitas, presidente da Pestalozzi de Niterói. 

Das 18 instituições cadastradas como Centros Especializados em Reabilitação (CER) no Estado do Rio de Janeiro, três estão localizadas em Niterói. É o caso da Pestalozzi, da Associação Fluminense de Reabilitação (AFR) e da Associação Fluminense de Amparo aos Cegos (AFAC).

“Poucas cidades brasileiras têm uma rede tão ampla de CER como Niterói. Nós atendemos não só o município aonde estamos localizados, como a vários outros do nosso entorno”, diz Jussara, lembrando a importância dessas instituições na melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência. 

Já com relação às oficinas de órteses e próteses, são apenas quatro em todo o Estado, sendo que duas delas estão em Niterói. As outras duas ficam na capital e em Nova Iguaçu.

A Pestalozzi disponibiliza equipamentos como cadeiras de rodas, andadores e cadeiras de banho, além de produzir órteses e próteses sob medida para moradores de mais de 70 municípios.

“É uma responsabilidade imensa e, por isso, trabalhamos com muito empenho e dedicação para atender as pessoas que nos procuram através do SUS”, explica Jussara. 

A presidente da Pestalozzi Niterói diz que a instituição está solicitando à Prefeitura de Niterói “para que nos receba, através da Assist (Associação das Instituições do Terceiro Setor de Niterói), que nos representa junto aos órgãos públicos, a fim de que possamos agilizar o repasse desses recursos o mais rápido possível”. 

De acordo com a portaria do governo federal, cada CER II, como a Pestalozzi, terá direito a um custeio extra de R$588 mil ao ano. Já com relação às oficinas de órteses e próteses o valor extra é de R$288 mil por ano.

COLÓQUIO DAS INSTITUIÇÕES CER VAI DISCUTIR NOVO VIVER SEM LIMITES DO GOVERNO FEDERAL

Os desafios para a democratização da saúde no mundo atual serão o eixo principal do IX Colóquio dos Centros Especializados em Reabilitação, dia 23 de novembro, no auditório da Pestalozzi de Niterói. Os colóquios, que são realizados anualmente pelas instituições credenciadas como CER, sediadas em Niterói, são um compromisso assumido desde a criação do programa pelo Governo Federal.


“Esse tipo de encontro não se trata de uma obrigação formal exigida pelo poder público, mas um compromisso que as instituições niteroienses firmaram entre si, desde quando o programa foi instituído. Fazemos uma espécie de balanço do trabalho desenvolvido até aqui e procuramos apontar as perspectivas do cuidado com a pessoa com deficiência para os próximos anos”, destaca Jussara da Silva Freitas, presidente da Pestalozzi, que é a anfitriã do encontro de 2023.

Entre os convidados estão especialistas da área da pessoa com deficiência do município, do governo federal e de instituições acadêmicas como a Universidade Federal Fluminense e a Fiocruz. Também está prevista a participação de autoridades das secretarias de saúde do Estado e de Niterói.

Serão três mesas de debates que vão girar em torno dos seguintes temas: Viver Sem Limites 2: Novas Perspectivas; Sustentabilidade e Custeio da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência; e uma mesa sobre Avaliação Biopsicossocial da Deficiência.

O Colóquio está previsto para começar às 9 horas, com encerramento às 17 horas. As inscrições são gratuitas e reservadas aos profissionais e dirigentes das instituições que formam a Rede CER de Niterói.

HOMENAGEM

Pestalozzi reabre brinquedoteca com nome de ex-funcionária

A presidente Jussara da Silva Freitas reinaugura a Brinquedoteca

Uma manhã de emoção marcou a reabertura da Brinquedoteca da Pestalozzi de Niterói, que retomou suas atividades depois de uma ampla reforma. O espaço recebeu o nome de sua primeira coordenadora, a psicopedagoga Marinete Pereira da Silva.

A Brinquedoteca atende em terapia complementar crianças com deficiência intelectual, cognitiva, Síndrome de Down e autistas.

Marinete Pereira da Silva, psicopedagoga que coordenou o espaço desde a sua criação em 1997, faleceu em agosto de 2018.

A solenidade de reabertura da brinquedoteca contou com a presença das irmãs da homenageada Marinete, Vania e Sonia, e do sobrinho Vitor, além de dezenas de funcionários da Pestalozzi. 

A presidente Jussara da Silva Freitas lembrou da dedicação imensa ao atendimento que a homenageada oferecia aos seus pacientes:

“Marinete nos deixou muito cedo, aos 63 anos. Fomos colegas de trabalho por longos anos e eu sou testemunha de seu amor por esse espaço, e pela sua entrega aos pacientes. Dar o seu nome à nossa brinquedoteca é uma forma de agradecer e reconhecer os anos dessa sua atuação com amor, como bem prega o movimento pestalozziano”, acrescentou Jussara. 

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PEDAGOGIA

Marinete Pereira da Silva foi a primeira coordenadora da Brinquedoteca da Pestalozzi

Brinquedoteca ensina a viver e a estudar, lembrava psicopedagoga

Criada em 1997, a Brinquedoteca da Pestalozzi é um espaço lúdico que funciona como estratégia de aprendizado. A psicopedagoga Marinete Pereira da Silva lembrava que o brincar promove a capacidade de concentração, socialização e coordenação motora das crianças.

Primeira coordenadora da Brinquedoteca da Pestalozzi, Marinete Pereira da Silva, que agora dá nome a esse espaço, destacava que o brinquedo não é um mero passatempo, pois contribui também para um objetivo técnico de aprendizagem e desenvolvimento da vida social da criança.

A nova coordenadora do espaço, a pedagoga Deise Lucia dos Santos Rocha, explica que a sala da Brinquedoteca é dividida em cantos, cada qual com uma função. O canto do “Mundo da Fantasia” tem várias roupas de personagens do faz-de-conta, para estimular a imaginação infantil.

Já o canto dos bichinhos de pelúcia incentiva a afetividade da criança, sendo principalmente utilizado em casos de problemas de vínculo.

A minicozinha é um ambiente onde se pode repetir atos típicos de situações familiares. Já o canto dos encaixes trabalha com a criatividade.

Há também o canto dos quebra-cabeças e jogos sociais, em que as crianças seguem as regras propostas, enquanto o terapeuta analisa suas habilidades de assimilação e acompanhamento perante o grupo. Por fim, existe o canto dos instrumentos musicais, importante para a prática motora das crianças.

— A pedagogia direcionada tradicional prioriza o papel e o lápis. É válido abandonar métodos e técnicas tradicionais e buscar o novo. Não pelo modernismo, mas pela convicção dos benefícios que esse novo representa — afirmava Marinete.

FIM DE ANO

Natal da Pestalozzi terá teatro, circo, dança e pagode

Grupo Lona na Rua vai apresentar esquetes teatrais e espetáculos circenses

Três atrações vão divertir alunos, funcionários e usuários da Pestalozzi na festa de Natal, programada para o dia 12 de dezembro, encerrando as atividades de 2023 da instituição. Lanches e refrigerantes vão ser distribuídos na festa que começará às 9h.


Subirão ao palco montado no Ginásio Poliesportivo Marcia Villaça, a companhia de teatro Lona na Lua, o grupo Arte de Dançar e o grupo de Pagode Esquina do Samba. 

Lanches e refrigerantes vão ser distribuídos na festa que começará às 9h com o Grupo Lona na Lua. Fundado em Rio Bonito, o Lona na Lua também tem uma unidade no município de Tanguá e conta com apoio do Programa Criança Esperança, da Rede Globo. Eles levarão ao palco esquetes teatrais e apresentações circenses, que fazem muito sucesso junto à criançada. 

Em seguida, quem se apresentará é o Grupo Arte de Dançar, do professor Luciano Motta, que estará pelo terceiro ano na Pestalozzi. Ele promete colocar todos para dançar e se divertir com seus dançarinos de diferentes faixas etárias. O Arte de Dançar conta, ainda, com um corpo de dança formado por jovens com Síndrome de Down. 

Encerrando as atividades o grupo Esquina do Samba não vai deixar ninguém parado com muita música e animação, fechando a manhã de festa. 

“Nossa festa de Natal marca o encerramento dos trabalhos anuais da Pestalozzi, em especial, o da Escola Especializada, quando os alunos se preparam para as suas férias e o retorno ao ambiente escolar em 2024. Também é um momento de reflexão e de agradecimento pelas conquistas do ano e para os novos desafios que sempre são impostos a quem atua na área da filantropia”, afirma Jussara da Silva Freitas, presidente da instituição. 

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FIM DE ANO

Psicóloga fala sobre configurações familiares

A psicóloga Ursula Barcelos Meirelles falou sobre as novas configurações familiares no mundo atual. Foi durante o Ciclo de Palestras organizado pelo Serviço Social da Pestalozzi de Niterói. Ursula faz parte da Clínica Pater Aldeia, em Pendotiba, voltada para atendimento de pacientes com questões psiquiátricas e de uso de drogas.


Para uma plateia formada em sua maioria por pais e familiares de pacientes e alunos da instituição, além de profissionais da Pestalozzi, a psicóloga lembrou que, ao contrário de anos atrás, quando o conceito de família se restringia à figura de pai, mãe e filhos, hoje ela está mais abrangente.

Por isso, de acordo com ela, é necessário maior compreensão e respeito não só da sociedade como do relacionamento interpessoal que envolve ambientes como a escola e o trabalho. 

“O respeito por parte das pessoas e da sociedade com relação aos diferentes núcleos familiares traz um impacto positivo em toda a sociedade. Família é um grupo social formado por pessoas que, a princípio são diferentes. Ter uma pessoa especialista no tema e que fale para o nosso público auxilia na compreensão de questões importantes e que fazem parte do nosso convívio diário”, resume a assistente social Ludmila Barbosa, uma das organizadoras do evento. 

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