Futuro da reabilitação é discutido por especialistas na Pestalozzi de Niterói

ENTIDADES REUNIDAS EM COLÓQUIO TRAÇAM PARTICIPAÇÃO NO PROGRAMA VIVER SEM LIMITES 2, DO GOVERNO FEDERAL

Izabel Maior, da ABMR; Valéria Coelho, da Apae; e Marcio Loyola, da Pestalozzi / Fotos: Nathalia Felix

Presidente da Pestalozzi cobra mais agilidade do poder público

No mesmo dia em que o Governo Federal lançou o Programa Viver Sem Limite 2, com previsão de aplicar nos próximos anos R$ 6 bilhões em políticas voltadas à pessoa com deficiência, a Pestalozzi de Niterói sediou o IX Colóquio dos Centros Especializados em Reabilitação. A presidente da Pestalozzi, Jussara Silva Freitas, cobrou mais agilidade do poder público para repassar os recursos necessários à garantia dos direitos das pessoas com deficiência.


O IX Colóquio dos Centros Especializados em Reabilitação, realizado anualmente pelas três instituições niteroienses que formam a Rede CER em Niterói (Pestalozzi, Associação Fluminense de Reabilitação e Associação Fluminense de Amparo aos Cegos), reuniu mais de 180 pessoas para discutir os novos rumos do trabalho desenvolvido por elas e traçar perspectivas para o trabalho integrado na região onde elas atuam. 

Dividido em quatro eixos, o colóquio durou todo o dia com mesas de debates de manhã e à tarde. Como convidada especial do encontro, a médica Izabel Maior, ex-coordenadora Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência e titular da Academia Brasileira de Medicina de Reabilitação (ABMR), falou sobre a Avaliação Biopsicossocial da Deficiência, tema que vem sendo discutido ultimamente por organismos públicos e privados na busca por um novo Índice de Funcionalidade Brasileiro (IFBR), tendo como matriz o ser humano como um todo e não só o seu grau de deficiência.

Entusiasta do tema e com amplo conhecimento sobre o assunto, já que há 30 anos milita na área da promoção dos direitos da Pessoa com Deficiência, Izabel Maior debateu com o médico psiquiatra Márcio Loyola, coordenador médico da Pestalozzi de Niterói, e com a fisioterapeuta Valéria de Fátima Soares Marques Coelho, coordenadora técnica da Apae de Niterói. 

Outro tema que despertou bastante interesse do público, foi a mesa Viver Sem Limite 2: Novas Perspectivas. Foi mediada pela superintendente de Controle, Avaliação e Auditoria da Fundação de Saúde de Niterói, Cassia Juliana Cattai, contando ainda com a participação da Coordenadora da Rede de Cuidados da Pessoa com Deficiência do município, Caroline Maciel de Souza e Silva e Marcia Moraes, professora do Departamento de Psicologia da UFF; e Cibele Carneiro da Cunha Macedo Santos, da Faculdade de Direito da UFF, membro permanente da Comissão de Acessibilidade da UFF e orientadora do grupo de estudos do Estatuto da Pessoa com Deficiência. 

O colóquio contou, ainda, com a mesa de debate sobre a forma de sustentabilidade e de custeio da rede de cuidados da pessoa com deficiência, cujo tema foi debatido pelo coordenador administrativo e financeiro da Pestalozzi, Marcello Pacheco, e pelo vice-presidente da Afac, Omar Luiz Rocha, além de Fabrício Oliveira, representante da Secretaria Estadual de Saúde. 

Palestrante do dia, Moara Lannes Salles, da Associação Fluminense de Reabilitação, apresentou seu trabalho de mestrado que mergulhou na produção do conhecimento e da educação permanente dos profissionais que integram os centros especializados em reabilitação do município de Niterói e que organizam anualmente os colóquios. 

Anfitriã do encontro, Jussara da Silva Freitas, presidente da Pestalozzi de Niterói destacou a necessidade de o poder público agilizar e ampliar seu trabalho para que as pessoas com deficiência tenham seus direitos garantidos na ponta.

Todo o nosso trabalho, como organização social, e também o do poder público, tem como finalidade a garantia de direitos da pessoa com deficiência. Para isso,  é necessária não só uma maior integração, mas maior agilidade por parte desses atores na efetiva e concreta garantia desses direitos. Nossa experiência, aqui na Pestalozzi, mostra que ainda há um hiato entre o discurso e a ação. O trabalho deste colóquio é fazer com que, gradativamente, este hiato seja preenchido e que as políticas públicas sejam efetivamente garantidas”, enfatizou Jussara Freitas. 

Novo Viver sem Limite entrega as primeiras ações

O programa Viver sem Limite 2 entregou, no dia 23 de novembro, as primeiras cem ações que integram o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. O presidente Lula e o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Silvio Almeida, participaram, no Palácio do Planalto, do lançamento da iniciativa que marca o investimento de cerca de R$ 6 bilhões pelos próximos anos.


As ações do Viver sem Limite 2 serão desenvolvidas a partir dos eixos gestão e participação social; enfrentamento ao capacitismo e à violência; acessibilidade e tecnologia assistiva; e promoção do direito à educação, à assistência social, à saúde e aos demais direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais.

O ministro Silvio Almeida ressalta que uma das inovações do novo programa é a instituição da política nacional da pessoa com deficiência, antiga demanda da sociedade e dos órgãos de controle, orientada à garantia da dignidade, promoção de direitos e ampliação do acesso à educação, cultura e emprego das pessoas com deficiência.

“A política nacional será gerida, a partir de agora, pela Câmara Interministerial dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que contará com um Comitê Gestor no qual terão assento o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania; a Casa Civil; o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos; o Ministério da Saúde; o Ministério da Educação; o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação”, destaca.

Em síntese, o Novo Viver Sem Limite buscará enfrentar a ausência de uma política nacional universal para as pessoas com deficiência, estruturada de maneira sistêmica, transversal, intersetorial, interseccional, interfederativa, com financiamento adequado e elevado grau participação social, que garanta os direitos civis, econômicos, sociais, culturais e ambientais para o segmento das pessoas com deficiência e suas famílias.

Algumas ações do Plano são consideradas estruturantes, entre elas a instituição do Sistema Nacional de Avaliação Unificada da Deficiência, tendo por base os resultados do grupo de trabalho estabelecido e o instrumento correlato da avaliação biopsicossocial referido no art. 2° da Lei 13.146/2015 (LBI).

Também constam entre os destaques a pactuação e lançamento do plano em todos os estados e no Distrito Federal, visando à articulação e capilarização nos territórios; 90 novas policlínicas equipadas com mesas ginecológicas e mamógrafos acessíveis, ampliando a capacidade de atendimento em saúde sexual e reprodutiva das mulheres com deficiência; e a formação de 15 mil conselheiros tutelares na temática da Promoção de Direitos da Criança e do Adolescente com Deficiência para intervir nas situações de violências e violações e fortalecer os direitos deste público.

Outras ações do plano envolvem a renovação da frota de ônibus urbanos para veículos com acessibilidade e tecnologia mais limpa nas cidades com mais de 150 mil habitantes; a implantação da Central Nacional de Interpretação da Língua Brasileira de Sinais (Conecte Libras Brasil), mediante oferta de serviço 24h de tradução e interpretação da língua; a formação de 63 mil professores e 106 mil gestores em educação especial na perspectiva inclusiva pela Rede Nacional de Formação (Renafor); e a promoção de 120 mil novos contratos de trabalho de pessoas com deficiência ou reabilitadas do INSS em empresas obrigadas a cumprirem a Lei de Cotas; entre outras iniciativas.

No eixo de combate ao capacitismo e à violência, o Novo Viver sem Limite ainda irá executar o Programa de Formação de Lideranças com Deficiência, com a meta de formar 4,5 mil lideranças para atuarem na defesa de direitos humanos das pessoas com deficiência nos territórios, com ênfase em pessoas negras, mulheres e LGBTQIA+.

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Vídeo comemora os 75 anos da Pestalozzi de Niterói

A Associação Pestalozzi de Niterói comemora 75 anos de fundação, dia 3 de dezembro. Na data, vai lançar nas redes sociais um vídeo de 3 minutos mostrando o que faz e como ela atende a milhares de pessoas, em sua maioria com deficiências físicas e intelectuais. Veja o vídeo aqui.


O vídeo destaca os atendimentos prestados pelo Centro Experimental Helena Antipoff (a escola especializada da Pestalozzi), os ginásios de reabilitação física e intelectual, setores de Vida Independente e de Preparação para o Trabalho, assim como a Oficina de Órtese e Prótese, responsável pela dispensação desses equipamentos para 70 municípios do Estado do Rio de Janeiro.

A produção do vídeo é do jornalista e cinegrafista Antonio Lopes Paes (Tuninho Bareta), que por anos trabalhou no Jornalismo da TV Globo. Este é o segundo trabalho que ele faz para a Pestalozzi de Niterói.

“Fiz o vídeo anterior e agora modernizamos o trabalho com um vídeo mais curto, ideal para ser usado em redes sociais. É impressionante a grandeza da instituição que a cada ano se renova. Mas o que mais me chama a atenção é o carinho e o amor dos profissionais envolvidos e das pessoas que recebem os cuidados desses profissionais. Fico emocionado toda vez que venho aqui e foi isso que tentei transmitir nesta produção”, destaca o cinegrafista. 

Imagens áreas mostram toda a área construída da Pestalozzi de Niterói. O vídeo mostra também pacientes e profissionais em atendimento e se encerra com um depoimento da presidente da Pestalozzi, Jussara da Silva Freitas, onde durante 32 anos trabalhou como pedagoga, e que após a aposentadoria, retornou para, de forma voluntária, dirigir os destinos da instituição.

“O que move a Pestalozzi, o que faz ela continuar, é que nós acreditamos no que estamos fazendo. A equipe de profissionais desta instituição acredita no seu trabalho. Estar aqui foi fundamental para o meu crescimento”, diz Jussara. 

Autodefensor representa Niterói em fórum nacional

Damião Campanário representando Niterói no 5° Fórum Nacional de Autodefensores
Durante o Congresso Nacional da Federação das Associações Pestalozzi, que culminou com o 5º Fórum Nacional de Autodefensores, realizado em outubro, em Foz do Iguaçu (Paraná), o jovem Damião Campanário representou a instituição de Niterói.


Campanário viajou acompanhado de um familiar. Ele participou de palestras, debates, visita às Cataratas do Iguaçu e esteve presente nas comemorações de aniversário do Movimento Pestalozziano.

Segundo Renata Cherene, terapeuta ocupacional e coordenadora do Centro para Integração e Independência, o autodefensor e representante do Estado do Rio de Janeiro participou de atividades programadas como palestras sobre o protagonismo da pessoa com deficiência, vida plena e autônoma, relações sociais e sexualidade da pessoa com deficiência.

“Esse é um dos papéis do autodefensor no Movimento Pestalozziano que ajudam a superar os desafios da entrada no mercado de trabalho”, diz a terapeuta.

Durante visita às Cataratas, Damião encantou-se com o volume de água despejado pelo Rio Paraná e brincou dizendo que era “água para não acabar mais”. Em meio às comemorações de criação do Movimento Pestalozziano, foi discutida a criação da Carta de Foz do Iguaçu.

“É preciso escrever sobre os desejos e direitos das pessoas com deficiência. A Carta pode nos ajudar e ajudar outros que aqui não puderam estar. Nós não estamos sozinhos”, disse ele. Damião também assistiu à peça teatral “A Rosa”. “Assim como os seres humanos, a rosa precisa ser regada com água. Nós precisamos, além de água, de carinho, informação, escuta, respeito e muito amor”, concluiu.

No próximo ano haverá outro encontro e um novo representante autodefensor será eleito para representar a Pestalozzi de Niterói.

Ator Guga Gallo representará o Bom Velhinho na festa de fim de ano

Papai Noel marcará presença na festa de Natal

A festa de encerramento das atividades de 2023 da Pestalozzi de Niterói contará com a presença tradicional de Papai Noel. Vai ser no dia 12 de dezembro e terá shows de samba e pagode, apresentação teatral e distribuição de lanches. No dia 13, o Coral Avós do Canto vai apresentar uma cantata de Natal com o Grupo Musical da Pestalozzi.


Pela segunda vez consecutiva o ator e produtor teatral Guga Gallo representará o bom velhinho para as crianças da Pestalozzi, substituindo o diretor teatral Sohail Saud, que por muitos anos encantou as crianças na festa de encerramento. 

“Mais uma vez, contaremos com a visita voluntária do Guga Gallo para alegrar as nossas crianças. É um momento mágico essa festa que promovemos anualmente. Aproveitamos para fazer um pequeno balanço das dificuldades do ano e projetar as ações que enfrentaremos no ano que se avizinha”, afirma Jussara Freitas, presidente da Pestalozzi de Niterói. 

Três atrações vão divertir alunos, funcionários e usuários da instituição. Subirão ao palco montado no Ginásio Poliesportivo Marcia Villaça a companhia de teatro Lona na Lua, o grupo Arte de Dançar e o grupo de Pagode Esquina do Samba.

 

CANTATA DE NATAL

O Coral Avós do Canto, que faz parte do Programa 60 Up da Secretaria dos Idosos de Niterói, vai apresentar no dia 13, a partir das 14h30m, uma Cantata de Natal para profissionais, alunos e usuários dos serviços da Pestalozzi. A apresentação será no auditório e contará com a participação e parceria do Grupo Musical formado por alunos da instituição. O evento faz parte das comemorações natalinas que começam, um dia antes, com a chegada de Papai Noel. A entrada é aberta ao público.

“Estamos concluindo as nossas atividades do ano de 2023 e a apresentação será um dos pontos dessas comemorações. Criamos o nosso Grupo Musical que foi formado a partir da Oficina de Música ministrada desde 2018 para os pacientes do Centro para Integração e Independência. Sua primeira apresentação, pós-pandemia, foi no dia 8 de dezembro para um público formado por familiares e funcionários da Pestalozzi de Niterói”, relembra a presidente Jussara da Silva Freitas, agradecendo também a disponibilidade da apresentação dos Avós do Canto, este ano. 

O Grupo Musical da Pestalozzi é dirigido pelo maestro Vane, que atua de forma voluntária junto à Pestalozzi. Os participantes interpretam canções como o hino  Aleluia, famoso internacionalmente, e canções brasileiras que vão do pop-rock ao sertanejo. 

 

A dermopigmentadora Aline Freitas levanta a autoestima das mulheres

Tatuagem estética reconstrói aréolas

Mulheres que passaram pelo procedimento de mastectomia através do Sistema Único de Saúde (SUS) podem se inscrever no Ação Solidária Transforma(Dor), que oferece a reconstrução de aréolas com a tatuagem estética. A iniciativa é da dermopigmentadora Aline Freitas, que procurou a Pestalozzi para oferecer a parceria.


As interessadas devem se informar no Centro para a Integração e Independência, da Pestalozzi Niterói, com a terapeuta ocupacional, Renata Cherene, para se inscreverem no Ação Solidária Transforma(Dor). Uma usuária da instituição já foi beneficiada pelo Projeto. 

A dermopigmentadora Aline Freitas explica que as mulheres mastectomizadas não precisam passar por nova cirurgia para reconstrução do mamilo. “Recentemente, quando terminei o procedimento numa paciente, ela me olhou, se olhou no espelho, nos olhamos e nós duas nos emocionamos. Fazemos uma aréola realista, uma coisa natural que fecha com harmonia esse ciclo de dor”, conta Aline.

A dermopigmentadora explica que a Ação Solidária para as mulheres que tratam câncer de mama pelo SUS e precisam do trabalho de reconstrução de aréolas com a tatuagem estética, vai continuar na Pestalozzi. “É uma coisa de superação, de ressignificar a vida. Se você conhece alguém que precisa do procedimento, informe sobre o serviço. É gratificante para os dois lados”, conclui a profissional.

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