Conselho de Saúde municipal pede para Niterói reajustar repasse de verba para reabilitação

Renata Cherene, que coordena o Centro de Integração e Independência da instituição, setor responsável em preparar jovens para a vida independente e o mercado de trabalho, falou sobre a rotina de atuação do Centro, as atividades desenvolvidas com os pacientes, em sua maioria com deficiência intelectual e déficit de atenção e o trabalho desenvolvido para inserir no mercado de trabalho os jovens.

“Além do trabalho que realizamos com nossos pacientes, trabalhando a sua autoestima, preparando para uma vida independente e produtiva, precisamos promover sempre diálogos com empresas e seus dirigentes mostrando a possibilidade de contratação de pessoas com deficiência”, diz ela.

Cherene apresentou durante a palestra alguns casos de sucesso obtidos junto ao Centro Para a Integração e Independência, inclusive a contratação de pacientes por empresas como supermercados. “A lei de cotas, que determina a contratação de pessoas com deficiência de acordo com o número de funcionários que a empresa tem é um avanço, pois o jovem com deficiência é um profissional capacitado e cumpridor de suas obrigações”, explicou ela.
A terapeuta lembrou, ainda, que a terapia ocupacional auxilia na reabilitação intelectual do paciente para que possa realizar tarefas do dia a dia. “Trabalhamos a partir das habilidades e limitações de cada um, criando junto ao paciente novas formas de fazer o que ele quer e precisa, com a maior autonomia e independência possíveis”, concluiu.

EXEMPLO DE SUPERAÇÃO
Dois grandes exemplos do trabalho do Centro de Integração e Independência são personificados pelos jovens Marcele Brum e Douglas Damas. A primeira passou no processo seletivo de funcionários efetivos do Supermercado Real. Por sua vez, Douglas Damas conseguiu superar a barreira de falar em público e fez uma leitura de apresentação que emocionou o público presente ao VIII Colóquio dos Centros Especializados de Reabilitação (CER). O encontro debateu temas como capacitismo, preconceito, bullying e superação.

Jovem tímido, Douglas estava muito nervoso diante de um auditório com 300 pessoas, mas graças ao trabalho do Centro de Integração e Independência conseguiu fazer a apresentação.
“Como não se emocionar com um jovem corajoso, que aos poucos está amadurecendo e buscando o seu lugar numa sociedade que exclui o PCD. Ficamos felizes com o resultado de sua apresentação, pois Douglas vem vencendo e superando suas barreiras e dificuldades”, disse a coordenadora Renata Cherene.