Especialistas discutem tratamento de pessoas com TEA
O colóquio, realizado na Associação Fluminense de Amparo aos Cegos, reuniu profissionais da Pestalozzi e da Associação Fluminense de Reabilitação, instituições que promovem o encontro anualmente desde seu credenciamento pelo Ministério da Saúde.
Na primeira mesa, mediada pelo psiquiatra Marcio Loyola, da Pestalozzi de Niterói, o debate focou no acesso aos serviços para pessoas com transtorno do espectro autista. Participaram Arthur de Almeida Medeiros, fisioterapeuta do Ministério da Saúde; Fabrício Oliveira, da Secretaria de Estado de Saúde; e Cássia Catai, superintendente da Fundação de Saúde de Niterói. Michele Gitay, superintendente estadual de cuidados para pessoas com transtorno do espectro autista, também esteve presente.
A segunda mesa abordou o trabalho dos profissionais nos centros especializados. A palestra foi conduzida por Marina Batista Chaves, terapeuta ocupacional da Universidade Federal da Paraíba, com mediação de Michelle Costa Castro, terapeuta ocupacional do Instituto Superior de Educação da Afac. Marina destacou que os serviços prestados pelas instituições credenciadas pelo Ministério da Saúde são, em sua maioria, superiores aos da rede privada.
Encerrando o evento, a “alta” no tratamento de pessoas com transtorno do espectro autista foi debatida por Maria Eduarda Garcia Couto de Azevedo, neuropediatra da Afac; Edicleia Mascarenhas Fernandes, coordenadora do Núcleo de Educação Especial e Inclusiva da UFF; e Daniel Lucas Ladeira dos Santos, aluno de ciência da computação da UFF e que é autista. A mediação foi feita por Rita de Cássia dos Santos, assistente social da Afac.
Jussara da Silva Freitas, presidente da Pestalozzi de Niterói, destacou o papel pioneiro da instituição no atendimento a pessoas com transtorno do espectro autista. “A Pestalozzi iniciou de forma pioneira um trabalho de atendimento a pessoas com transtorno do espectro autista, dando atenção a estes pacientes de forma pessoal e individualizada, desde a criação do Paps (Programa de Atendimento a Psicóticos e Autistas) no final do século passado, junto ao Centro Experimental Helena Antipoff. Foi o embrião de todo o trabalho que realizamos hoje”, afirmou.
Coordenador Nacional participa de todos os debates
Vindo de Brasília especialmente para participar do Colóquio, o coordenador nacional da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, Arthur de Almeida Medeiros participou ativamente de todas as mesas de debates e contribuiu com intervenções e informações com dados atualizados e investimentos do Ministério da Saúde na área da pessoa com deficiência.
Segundo ele, o Ministério vem reestruturando o trabalho junto aos centros especializados em reabilitação (CER), visando ampliar o número de instituições e prefeituras capacitadas ao atendimento como o que as filantrópicas realizam em Niterói.
Lembrou, ainda, do reajuste na tabela de procedimentos que o ministério da saúde concedeu às instituições que atuam na rede CER em novembro do ano passado e diz que a previsão do Governo Federal é de ampliar o atendimento às pessoas com Transtorno do Espectro Autista, principalmente junto aos CERs.