Diretor da Companhia de Ballet, Fran Mello disse que ele e os nove bailarinos que dançaram poemas de Cora Coralina se sentiram lisonjeados pela forma carinhosa com que foram recebidos pela direção da Pestalozzi e pela receptividade do público.
“É importante para eles (alunos e pacientes da Pestalozzi) terem contato com a arte, a cultura, através da dança, mas também é fundamental sairmos de nossa zona de conforto para ir ao encontro do público, como é o caso aqui da apresentação na Pestalozzi. Foi muito importante para nós; vibramos quando uma paciente nos disse que quer ser bailarina”, contou Fran Mello.
A bailarina Bruna Lopes, que há 18 anos participa da CBCN, contou ter se emocionado durante a apresentação. “Senti uma energia forte pulsando aqui e saio feliz por ter tido a oportunidade de participar desse momento”, acrescentou.
Para Cristiane Oliveira, assistente social responsável pela ida do balé à Pestalozzi, a apresentação dos bailarinos provocou muita curiosidade de alunos e usuários dos serviços da instituição. “A apresentação do balé foi o ponto máximo desse trabalho, iniciado quando, durante dois meses, apresentamos aos nossos alunos a história da dança, a vida e a poesia da Cora Coralina, envolvendo-os nesse tema. Temos um trabalho árduo e permanente cobrando de nossos pacientes a assiduidade no tratamento. Momentos como esse são um bálsamo para o coração. Uma parada na vida agitada para pensar e ter forças para recomeçar”, disse Cristiane.
Marcia Villaça, que retornou este ano para a direção da Pestalozzi como vice-presidente, lembrou do trabalho realizado há muitos anos quando a entidade chegou a formar um Corpo de Dança que fazia apresentações externas em inaugurações de outras instituições e em eventos capitaneados pela Pestalozzi.
“A Liza Maria Guarino Guerreiro, minha amiga, era professora da Pestalozzi e bailarina. Foi ela quem teve a ideia de colocar a arte como uma atividade complementar à terapia realizada à época. Temos tudo para retomar esse trabalho. Vou conversar com a presidente Jussara Freitas a fim de ver a melhor forma de fazer com que a dança envolva as atividades de nossos usuários. Tenho certeza de que isso será de grande benefício para todos”, afirmou Márcia Villaça.
Aluna do Centro Experimental Helena Antipoff, a jovem Camilly Vitória Gomes Rebeque, de 18 anos, era uma das mais entusiasmadas pela possibilidade de ter a dança como uma atividade complementar na Pestalozzi. “Amo dançar e quero muito ser uma das primeiras a fazer parte desse momento”, disse ela.