Centros de Reabilitação devem ter cofinanciamento do Estado, mas cobram reajuste da tabela do SUS

SEM REAJUSTE DESDE 2008, A TABELA DE SERVIÇOS DE REABILITAÇÃO PAGA PELO SUS AOS ESTABELECIMENTOS DE ASSISTÊNCIA EM MÉDIA COMPLEXIDADE EM REABILITAÇÃO FÍSICA E VISUAL DEVERÁ CONTAR ATÉ DEZEMBRO COM COFINANCIAMENTO ESTADUAL, NUM INCREMENTO DE 76,88% NO VALOR DOS PROCEDIMENTOS.

Centros de Reabilitação devem ter cofinanciamento do Estado, mas cobram reajuste da tabela do SUS

SEM REAJUSTE DESDE 2008, A TABELA DE SERVIÇOS DE REABILITAÇÃO PAGA PELO SUS AOS ESTABELECIMENTOS DE ASSISTÊNCIA EM MÉDIA COMPLEXIDADE EM REABILITAÇÃO FÍSICA E VISUAL DEVERÁ CONTAR ATÉ DEZEMBRO COM COFINANCIAMENTO ESTADUAL, NUM INCREMENTO DE 76,88% NO VALOR DOS PROCEDIMENTOS.

Custeio dos serviços de reabilitação está achatado pela inflação desde 2008 / Foto: Nathalia Felix

Governo estadual promete reforço no pagamento de serviços de reabilitação

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro anunciou que vai cofinanciar o pagamento por procedimentos de reabilitação prestados pelas instituições que atuam como Centros Especializados de Reabilitação (CER) junto ao Ministério da Saúde, como é o caso da Pestalozzi de Niterói. O governo estadual aprovou um reforço de 76,88% nos valores da tabela do SUS. O incremento será a partir das faturas de maio último e até dezembro. Paralelamente a essa ajuda momentânea anunciada pelo Estado, instituições como a Pestalozzi, AFAC e AFR, que formam a rede de reabilitação credenciada pelo Ministério da Saúde em Niterói, continuam a pressionar o governo federal para que a tabela seja revista e os valores dos procedimentos corrigidos de maneira a garantir a manutenção da assistência prestada por elas.

O governo estadual aprovou um reforço de R$ 13,7 milhões, que representam um incremento de 76,88% nos valores da tabela do SUS para serviços de assistência em média complexidade em reabilitação física e visual, bem como para o custeio de órteses, próteses e meios de locomoção prestados por centros de reabilitação fluminenses habilitados nos municípios pelo Ministério da Saúde.

Sem reajuste da tabela desde 2008, tomando-se como base o IPCA acumulado até hoje, uma cadeira de rodas fornecida pela Pestalozzi de Niterói deveria ser paga pelo SUS no valor de R$ 1.290,78, em vez de apenas R$ 571,90, que é o valor ressarcido pelo equipamento às instituições.

— O anúncio feito pelo Governo do Estado prevê um aporte momentâneo, que vai ajudar as instituições nesse momento de grave crise econômica, mas não é a solução. Esperamos que o aporte, previsto até dezembro, não seja descontinuado no próximo ano. A ajuda será vital para continuarmos a atender nossos pacientes – diz Jussara da Silva Freitas, presidente da `Pestalozzi de Niterói.

Pela sustentabilidade do SUS e garantia de direitos constitucionais, em especial das pessoas com deficiência!

Pestalozzi Niterói vai participar de Fórum Nacional de Autodefensores, em Brasília

Damião Campanário (à direita, ao lado de Gabriel Medeiros) vai a Brasília representar os autodefensores de Niterói

O jovem Damião Campanário vai representar a Pestalozzi de Niterói no IV Fórum Nacional de Autodefensores do Movimento Pestalozziano, de 21 a 28 de agosto na sede da Associação Pestalozzi de Brasília. O evento faz parte da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, promovida pela Federação Nacional das Associações Pestalozzi (Fenapestalozzi). Além de discutir temas como inclusão, educação, mercado de trabalho e reabilitação, os jovens elegerão os autodefensores que passarão a fazer parte da diretoria da federação com direito a voz e voto. O Sebrae também fará palestras para autodefensores e seus familiares sobre empreendedorismo e oportunidade de negócios.

Os jovens chamados de autodefensores têm a missão de defender os direitos da pessoa com deficiência dentro e fora de suas instituições. Damião Campanário vai a Brasília acompanhado pela terapeuta ocupacional e coordenadora do Centro para Integração e Independência da Pestalozzi Niterói, Renata Cherene. Ele se reunirá com outros jovens representantes das cinco regiões do país onde há instituições afiliadas à Fenapestalozzi.

Ester Pacheco, presidente da Fenapestalozzi, diz que “o encontro é uma grande oportunidade para que os autodefensores possam desenvolver sua autonomia e liberdade em diferentes contextos, pensando em mudanças que possam combater os preconceitos e garantir seus direitos”.

Jussara da Silva Freitas, presidente da Pestalozzi de Niterói, lembra que a instituição niteroiense sempre estimula a participação de seus jovens em eventos como esse que acontece a cada três anos e que visa à autonomia e à independência deles. Esse processo é realizado de forma pioneira pela Pestalozzi desde o século passado.

– Não podemos deixar de incentivar nossos jovens na defesa de seus direitos e na conquista da sua cidadania – afirma a presidente Jussara Freitas.

Integração e independência

Um grupo de 14 jovens atendidos pelo Centro para Integração e Independência da Pestalozzi Niterói participou, no dia 9 de junho, de um feirão de empregabilidade realizado pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Estavam acompanhados por assistente social, professora, instrutor educacional e terapeuta ocupacional/supervisora. O evento Dia D foi realizado em parceria com a Rede Incluir, Ministério do Trabalho, Sistema Nacional de Emprego e outros no CIAD – RJ. Os autodefensores receberam orientações de como se faz um currículo e conheceram o perfil de vagas oferecidas por algumas empresas. Foram bem acolhidos pela equipe do Programa de Empregabilidade da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência do Rio de Janeiro, conheceram o espaço físico do CIAD carioca e articularam a participação em novos cursos e capacitações.

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Paciente da Pestalozzi é medalha de ouro em olimpíada de matemática

Bruno com a mãe Ana Célia e com a fonoaudióloga da Pestalozzi Jaceni Pernas

Bruno Ferreira de Souza, 13 anos, acaba de ganhar medalha de ouro na Olimpíada Estadual de Matemática (Omerj) como aluno revelação das escolas municipais do Estado do Rio de Janeiro. Desde os 3 anos ele é acompanhado pela equipe multidisciplinar da Pestalozzi de Niterói. Aluno da Escola Municipal Levi Carneiro, no Sapê (Pendotiba), Bruno também conquistou medalha de bronze na competição geral da Omerj.

Desde quando foi diagnosticado com transtorno do espectro autista, pelo neurologista Márcio Vasconcelos, do Hospital Universitário Antônio Pedro, Bruno é acompanhado há dez anos por psicólogos, fonoaudiólogos e psicopedagogos da Pestalozzi Niterói.

– Bruno receber essas medalhas foi para mim um orgulho só; uma felicidade imensa – disse a mãe Ana Célia. Ela dedica integralmente o seu tempo no desenvolvimento do filho, que hoje, aos 13 anos de idade, frequenta o oitavo ano do ensino fundamental.

Lembra Ana Célia que, quando recebeu o diagnóstico, ouviu o médico dizer que Bruno tinha muito potencial, mas que dependeria bastante dela para estimular a capacidade intelectual do menino. “A partir daí, Bruno participa ativamente de atividades recreativas e educacionais. Ele adora cinema, gosta de passear e de comida japonesa”, diz a mãe orgulhosa, lembrando que diariamente ajuda o filho no dever de casa e o estimula para uma vida normal, assim como faz o pai, que também se chama Bruno.

O menino iniciou seus estudos na Escola Municipal Vera Lúcia Machado. Hoje participa do projeto Nova Geração, da Prefeitura de Niterói. Numa turma de cinco alunos do curso de informática, Bruno foi o único que conseguiu passar de nível na última prova.

– Ele também faz musicalização e criação de jogos. É ótimo em matemática e em história, guarda datas e fatos históricos, embora não complete frases e tenha dificuldades com o português. Aprendeu a ler aos dois anos, quando também começou a digitar palavras no computador. Mas não escrevia. A Pestalozzi foi fundamental para o desenvolvimento dele, valorizando seu interesse pela leitura e aptidão para a matemática – conta a mãe.

Mães da Pestalozzi Niterói recebem cobertores doados por empresário

Camila Pimenta com a filha no colo fez a entrega dos cobertores

A Pestalozzi de Niterói recebeu em junho a doação de 80 cobertores que foram entregues aos familiares de crianças e jovens que fazem tratamento na instituição. Os beneficiados foram selecionados pelo setor de Assistência Social a partir de um cadastro que leva em conta as carências sociais e econômicas das famílias. O gesto de solidariedade partiu da família do empresário Marcos Pereira Lima.

A Academia Fluminense de Letras (AFL) também doou à Pestalozzi de Niterói trinta cadeiras de seu auditório que estão sendo reformadas. Elas vão ser distribuídas pelos diversos setores de atendimento aos usuários.

“A presidente da AFL, Marcia Pessanha fez contato conosco e demonstrou interesse na doação que está sendo de grande importância para nós”, explica Juarez Mothé, superintendente da Pestalozzi.

Os cobertores doados pelo empresário Marcos Pereira Lima foram entregues por sua esposa Camila Pimenta, que está na foto com a filha Maria Laura no colo. O casal deseja continuar como voluntário da Pestalozzi de Niterói, participando de outras iniciativas desenvolvidas pela instituição.

Qualquer pessoa pode fazer doações para a Pestalozzi de Niterói e ser voluntária de suas iniciativas e parcerias.

Bailarinos da Companhia de Ballet de Niterói durante apresentação na Pestalozzi / Fotos: Nathalia Felix

Pestalozzi quer estimular a dança como terapia para alunos e pacientes

Auditório da Pestalozzi lotou nas duas apresentações do Ballet de Niterói

Durante a apresentação do espetáculo “Pedra Doce – Poética de Cora Coralina”, encenado pela Companhia de Ballet da Cidade de Niterói (CBCN) para pacientes e familiares da Pestalozzi, a vice-presidente Márcia Villaça afirmou que a instituição deverá trabalhar para retomar as aulas de dança como terapia e atividade complementar de seus pacientes. O anúncio foi feito na abertura da primeira das duas apresentações exclusivas do Ballet de Niterói que lotaram o auditório da Pestalozzi.

Menino dança durante apresentação de bailarinos no auditório da Pestalozzi

Diretor da Companhia de Ballet, Fran Mello disse que ele e os nove bailarinos que dançaram poemas de Cora Coralina se sentiram lisonjeados pela forma carinhosa com que foram recebidos pela direção da Pestalozzi e pela receptividade do público.

“É importante para eles (alunos e pacientes da Pestalozzi) terem contato com a arte, a cultura, através da dança, mas também é fundamental sairmos de nossa zona de conforto para ir ao encontro do público, como é o caso aqui da apresentação na Pestalozzi. Foi muito importante para nós; vibramos quando uma paciente nos disse que quer ser bailarina”, contou Fran Mello.

A bailarina Bruna Lopes, que há 18 anos participa da CBCN, contou ter se emocionado durante a apresentação. “Senti uma energia forte pulsando aqui e saio feliz por ter tido a oportunidade de participar desse momento”, acrescentou.

Para Cristiane Oliveira, assistente social responsável pela ida do balé à Pestalozzi, a apresentação dos bailarinos provocou muita curiosidade de alunos e usuários dos serviços da instituição. “A apresentação do balé foi o ponto máximo desse trabalho, iniciado quando, durante dois meses, apresentamos aos nossos alunos a história da dança, a vida e a poesia da Cora Coralina, envolvendo-os nesse tema. Temos um trabalho árduo e permanente cobrando de nossos pacientes a assiduidade no tratamento. Momentos como esse são um bálsamo para o coração. Uma parada na vida agitada para pensar e ter forças para recomeçar”, disse Cristiane.

Marcia Villaça, que retornou este ano para a direção da Pestalozzi como vice-presidente, lembrou do trabalho realizado há muitos anos quando a entidade chegou a formar um Corpo de Dança que fazia apresentações externas em inaugurações de outras instituições e em eventos capitaneados pela Pestalozzi.

“A Liza Maria Guarino Guerreiro, minha amiga, era professora da Pestalozzi e bailarina. Foi ela quem teve a ideia de colocar a arte como uma atividade complementar à terapia realizada à época. Temos tudo para retomar esse trabalho. Vou conversar com a presidente Jussara Freitas a fim de ver a melhor forma de fazer com que a dança envolva as atividades de nossos usuários. Tenho certeza de que isso será de grande benefício para todos”, afirmou Márcia Villaça.

Aluna do Centro Experimental Helena Antipoff, a jovem Camilly Vitória Gomes Rebeque, de 18 anos, era uma das mais entusiasmadas pela possibilidade de ter a dança como uma atividade complementar na Pestalozzi. “Amo dançar e quero muito ser uma das primeiras a fazer parte desse momento”, disse ela.

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