Colóquio debate direitos da pessoa com deficiência
Jussara Freitas, presidente da Pestalozzi Niterói, diz que encontro superou expectativas
“Foi um encontro que superou nossas expectativas. Realizamos pela primeira vez fora de um espaço das três instituições que se revezam anualmente na organização, o que possibilitou ampliar o público presente e, pela primeira vez, foi dado voz a nossos usuários para escutarmos seus anseios e perspectivas”, ressaltou Jussara da Silva Freitas, presidente da Pestalozzi de Niterói.
Realizado na Sala Nelson Pereira dos Santos, no Complexo Reserva Cultural, em São Domingos, o Colóquio foi dividido em dois eixos.
Na parte da manhã, além da abertura com as autoridades, pessoas com deficiência estiveram no palco para discutir o movimento anticapacitista, que embora ainda pouco difundido no país, vem crescendo, dando cada vez mais voz às pessoas com deficiência contra o capacitismo, preconceito que subestima e discrimina a capacidade delas em participar plenamente das atividades sociais.
Participaram da mesa a psicóloga Camila Araújo Alves, o apresentador de TV Heveraldo Alves Ferreira, a intérprete de Libras, Tathiana Targine, e o presidente da Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB/RJ, Geraldo Nogueira. Participaram também dos debates Lucas Diniz, usuário dos serviços da AFR (Associação Fluminense de Reabilitação) e Douglas Damas Pereira (autodefensor da Pestalozzi de Niterói). A mediação foi feita pela coordenadora de educação especial da Secretaria de Educação de Niterói, Luciene de Oliveira Jesus Souza.
À tarde foram exibidos três curtas-metragens sobre temas ligados à pessoa com deficiência, seguidos de debate. A mediação feita pela professora Lucilia Machado, mestra em Diversidade e Inclusão e representante da Frente Nacional de Mulheres com Deficiência, reuniu Maudeth Py Braga e Marcia Oliveira Moraes, do Departamento de Psicologia da UFF; Magda de Souza Chagas, do Departamento de Saúde e Sociedade da UFF; Georgea Rodrigues, da Inclusive Acessibilidade; e Sheila Rocha Silva e Ruth Pereira do Nascimento, da Associação Fluminense de Reabilitação. O colóquio foi encerrado com uma apresentação do músico Marcinho dos Teclados, deficiente visual e paciente da AFAC.