Laboratório de Órteses e Próteses da Pestalozzi já serviu de campo para INT projetar novos tipos de andadores
Equipe do INT visita Laboratório de Órteses e Próteses da Pestalozzi
A Pestalozzi de Niterói vem avançando nesse campo com seu Laboratório de Órteses e Próteses. Chefe do Laboratório de Tecnologia Assistiva e Inclusão do INT, Júlio Cezar Augusto da Silva lembra que em 2018 a Pestalozzi serviu de campo para um projeto do INT que desenvolveu soluções para andadores utilizados por pessoas que se recuperam de problemas como AVC, por exemplo.
– Nossa equipe desenvolveu junto com os técnicos da área de reabilitação da Pestalozzi uma série de pesquisa de campo, ouvindo profissionais e usuários da instituição que estavam em tratamento nos setores de fisioterapia física. Desenvolvemos dois tipos de andadores. Um com soluções de baixo custo e um outro com um pouco mais de tecnologia, com o uso de um sistema pneumático. A queixa dos usuários e o que constatamos durante a pesquisa é que os andadores convencionais não permitem a pessoa levantar-se do leito ou do sofá com facilidade. Os projetos foram premiados, um pelo A’ Design Awards, na Itália; e outro pelo Prêmio Bornancini de Design, no Brasil. Ambos já estão patenteados, em busca de empresas que queiram usar o novo sistema – diz Júlio Cezar.
Andador com sistema pneumático premiado pelo A’ Design Awards, na Itália
Em abril, equipes do INT visitaram, em duas ocasiões, a sede da Pestalozzi de Niterói conhecendo os ambientes de trabalho para o desenvolvimento de propostas de pesquisa no campo da reabilitação física e intelectual. Entre elas destaca-se o uso de novas tecnologias para confecção de órteses e próteses e recursos para pessoas com TEA (Transtorno de Espectro Autista), objetivando incrementar a qualidade de vida dos usuários.
– Demos o primeiro passo e temos um longo caminho a percorrer, neste início de trabalho em conjunto, no qual ambos têm bastante interesse: o desenvolvimento de tecnologias assistivas com objetivo da inclusão social dos pacientes, através do aumento de sua autonomia – avalia o coordenador médico da Pestalozzi, psiquiatra Marcio Loyola, responsável junto com as coordenações pelas duas visitas técnicas.
Marcio Loyola lembra que em maio uma comitiva da Pestalozzi visitará o INT para conhecer a sede do instituto e estreitar os laços desta parceria, que tende a se transformar num Acordo de Cooperação.
– Este acordo de cooperação cria condições de desenvolver tecnologias assistivas, não apenas na reabilitação física, mas também no campo da reabilitação intelectual, destacando-se as dificuldades referidas pelas pessoas com diagnóstico de autismo e atraso no desenvolvimento do aprendizado, no acesso a cidadania e ao mercado de trabalho. Portanto, estão sendo construídos dois caminhos, ambos visando à produção de autonomia: um no campo da acessibilidade de pessoas que precisam de órteses e próteses; e o outro no aumento do protagonismo de pessoas com dificuldades no desenvolvimento intelectual e na área do autismo – diz Marcio Loyola.
Por sua vez, o Chefe do Laboratório de Tecnologia Assistiva e Inclusão do INT também acredita que, com o Acordo de Cooperação, as pesquisas entrarão em uma nova fase. “A Pestalozzi tem um conhecimento muito amplo na área da reabilitação física. São campos amplos aos quais poderemos oferecer soluções técnicas que auxiliem pessoas com deficiência a ter uma maior e melhor inclusão na sociedade”, afirma Júlio Cezar.
Andador desenvolvido pelo INT com técnicos da Pestalozzi que recebeu o Prêmio Bornancini de Design, no Brasil